terça-feira, 28 de abril de 2009

TECNOLOGIA A FAVOR DA SEGURANÇA PÚBLICA






A vigilância com câmeras para combater o crime se espalha pelas ruas do país
Com o aumento da criminalidade nas ruas, um procedimento que se torna cada vez mais freqüente é a instalação das câmeras de segurança, atitudes que no início só eram tidas por estabelecimentos como empresas, condomínios e shoppings centers a fim de monitorar e se prevenir contra assaltos; as câmeras suspensas registram tudo o que acontece nos locais, 24 horas por dia. Entre cenas banais, flagram desde pequenos delitos, como furtos, até seqüestro-relâmpago e tentativas de latrocínio.
Com capacidade de filmagem 24 horas e ângulo de 360 graus, são capazes de captar imagens - muitas das vezes inusitadas - num raio de meio quilômetro, podem ainda, visualizar desde a placa de um automóvel a um rosto de uma pessoa.
Procedimento adotado com cada vez mais freqüência no mundo inteiro – além de Londres onde 150 mil câmeras vigiam as ruas, cidades como Nova York, Washington, Paris, Berlim e Bruxelas já dispõem do serviço, que segundo moradores e entidades governamentais tornaram-se de vital importância para a segurança da cidade e como ponto chave para a inibição das ações criminosas que pensam duas vezes antes de praticar um delito.
No Brasil, a cidade de Joinville, em Santa Catarina, adotou o sistema no fim de 2001. Hoje, são 41 câmeras monitorando a região central e quatro bairros da cidade. Curitiba tem catorze câmeras na Rua Quinze de Novembro, no centro. Em Suzano, na Grande São Paulo, são treze delas vigiando 23 quadras do centro. A Praia de Boa Viagem, no Recife, conta com doze desde o mês passado. Até dezembro, Belo Horizonte irá ganhar 72 nas áreas com maior concentração de loja.
Mesmo com iniciativas de sucesso em outros países, para boa parcela da sociedade brasileira, quando se fala em câmeras de segurança, fica dividida entre o combate a criminalidade e falta de privacidade.
Katharine Lopes, 27 anos, universitária, acredita que para um bom funcionamento da segurança nas cidades, os sistemas internos e externos de câmeras, que monitoram ambientes e ruas das regiões com alto índice de criminalidade são de vital funcionalidade.
“defendo a iniciativa de monitoramento nas ruas, tal atitude ajuda para que a polícia possa agir com mais rapidez, serve ainda, como auxílio para que crimes sejam desvendados e que assaltantes possam ser reconhecidos no ato do furto ou crime, porém, sinto-me constrangida em pensar que onde quer que eu esteja e fazendo o quer que seja, haverá alguém me vigiando, sinto minha privacidade invadida e minha identidade perdida, sem saída; fico entre a dúvida da minha segurança e minha privacidade invadida.”, diz a universitária.
Para o Paulista Regis Siqueira de Amorim, 43 anos, a privacidade de todo indivíduo deve ser preservada, diz que com as câmeras, não são apenas os criminosos que ficam inibidos em efetuar as ações, mas toda a sociedade.
“Sinto-me no Big Brother, quando penso que estou sendo filmado 24 horas, me dá até arrepio, fico triste em saber que para garantir nossa segurança temos que nos submeter à exposição de câmeras, que acabam retirando das pessoas a espontaneidade, fazendo com que vivamos robotizados e sem expormos características próprias, que são desestimuladas quando o cérebro imagina que têm alguém nos vigiando”, ressalta o Paulista.
Para o Policial Militar, Gilson Andrade, 45 anos, o advento das câmeras de segurança, age como reforço fundamental à ação da polícia, e peça chave para desvendar crimes e ataques criminosos envolvendo inocentes nas grandes metrópoles.
“A segurança publica tem muito a agradecer e a incentivar para que cada vez mais, as cidades passem a utilizar as câmeras de segurança nas ruas, afim de, amenizar ações criminosas. O trabalho da polícia tem melhorado e muito com o auxilio do monitoramento 24 horas efetuado junto aos batalhões, se for efetuado um levantamento de quantos crimes já foram solucionados com o auxilio das câmeras hoje, com os crimes solucionados antes delas, certamente teremos um percentual demonstrativo de qualidade e desempenho das ações policiais com o auxílio das “maquininhas fofoqueiras”, Conclui o Policial.
Para o sociólogo, Carlos Rofmam, a sociedade sente-se dividida devido à falta de costume, para ele o costume é uma coisa que se conquista com o tempo e que só ele é capaz de modificar e fazer com as pessoas repensem seus conceitos e prioridades.
“o problema que surgem junto às boas idéias é que elas acabam dando muito trabalho, para que algo novo seja implantado no cotidiano das pessoas, requer tempo e uma boa divulgação antecipada, apontando pontos positivos e negativos, para que as deduções e decisões possam ser enquadradas dentro de suas mentes, o novo, acaba sendo uma ameaça, a ponto de impedi-los de visualizar a positividade do que esta sendo oferecido” conclui Rofmam.

Nenhum comentário: