terça-feira, 8 de setembro de 2009

PUBERDADE: SAIBA COMO AGIR E ORINTAR SUA FILHA DIANTE DAS MUDANÇAS DO CORPO.

De repente você olha para sua filha e percebe o quanto o tempo passou rápido, ontem mesmo o que você considerava uma criança, agora apresenta sinais de que a puberdade acaba de chegar, nota-se então, que os seios estão crescendo e os primeiros pelos pubianos já começam a aparecer. Porém, o que deveria ser uma situação comum para as mães, acaba tornando-se um tabu diante da dificuldade de entender que a filha já entrou na fase de reprodução, apesar do jeito de menina. Nesse momento as dúvidas sobre a visita ao ginecologista costumam ser motivo de muita apreensão para os pais e adolescentes.

Para sanar algumas dúvidas e esclarecer em principal as mães de que forma devem agir quando este momento acontecer, entrevistamos a Ginecologista Regina Farias, que além de conhecer bem o universo feminino, sabe muito bem como funciona a cabeça de uma mãe preocupada com o bem estar da filha.

Para a ginecologista Regina Farias, não existe momento certo para que seja realizada a primeira consulta. “cada garota se desenvolve de maneira diferente e as mães devem encarar essa metamorfose com muita naturalidade”, explica.

A ginecologista destaca um fator preocupante, ela observa que muitas mães evitam esse primeiro contato com o médico da intimidade feminina por preocupação, e por ainda não saber lidar com esse desenvolvimento meteórico entre a infância e a adolescência.
“vale ressaltar que há 20 anos, era mais comum a primeira menstruação acontecer entre 14 e 15 anos. Hoje, meninas de 10 anos já menstruam, portanto, não se desespere com essa tal precocidade, é aconselhável que espere a adolescência refletir no comportamento de sua filha antes de procurar um especialista, mantenha a calma”, esclarece.

Acostumada ou não, sempre é vergonhoso ficar nua na frente de outra pessoa, mesmo que seJa um médico, cabe a mãe orientar a filha sobre como será a primeira consulta, Portanto, quanto à escolha desse profissional, Regina aponta que esta é uma escolha que diz respeito à adolescente, o correto é deixar a critério dela, se quer que seja homem, mulher ou até mesmo que seja o mesmo médico que você. Caso essa última seja a opção dela, não se aproveite da intimidade que tem com seu ginecologista para invadir a da sua filha. Deixe que ela conquiste sua confiança, com o tempo, ela mesma irá colocá-la a par de tudo o que acontece em sua vida íntima, inclusive dúvidas e descobertas.

Segundo a doutora, é normal acontecer de garotas procurarem ajuda quando há interesse em iniciar uma relação sexual, principalmente quando iniciam um namoro as escondidas, ou seja, sem o conhecimento dos pais, nesse caso ela alerta as mães para que estabeleça uma relação de confiança com sua filha, e desde cedo mantenha uma orientação sexual aberta com ela.
“sou contra as mães que se negam a tirar dúvidas de crianças alegando ter de esperar o momento certo para falar sobre determinado assunto” critica.

Para ela a partir dos 5 anos, a mãe já pode ensiná-la a conhecer seu próprio corpo, isto criará um elo de amizade entre ambas, e dá dicas de alguns procedimentos. “experimente tomar banho juntas, aproveite o momento para explicar que ela também ficará assim, e tenha cautela com a forma de falar. Afinal, para cada idade existe um vocabulário” ensina.

Regina finaliza com um alerta e diz “mães que criam tabus tendem a criar filhos cheios de dúvidas e perdem a oportunidade de compartilhar de seus segredos, então aproveite o ensejo que a própria natureza oferece para orientar sua filha, quando a menina se tornar moça, por exemplo, aproveite e explique o verdadeiro papel do ciclo menstrual e destrinche o assunto de maneira didática e ilustrativa, até mesmo com base em livros sobre o assunto”.

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