domingo, 27 de setembro de 2009

BRASIL CADA VEZ MAIS CONECTADO


Com três habitantes por computador, venda dos aparelhos e acesso a internet cresce no País.


Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), contabiliza aproximadamente 60 milhões de computadores em todo o Brasil. A quantia equivale a um aparelho para cada três habitantes. Os dados são da 20ª Pesquisa Anual do Uso de Informática, realizada pela instituição.

De acordo com as informações, o número foi alcançado somando os 12,2 milhões de computadores vendidos no país no ano passado. O último estudo realizado, em 2007, esperava que em 2008 cerca de 13,44 milhões de computadores fossem comercializados. Apesar do resultado das vendas terem sido inferior ao esperado pela 19ª pesquisa, o mercado ainda assim cresceu 16% em comparação ao último ano.

Para o sociólogo Paulo França, tal crescimento esta relacionado aos avanços tecnológicos, que obrigam a cada dia mais e mais as pessoas a estarem interados das mudanças decorrentes desde o surgimento da internet no mundo, outros fatores que merecem ser levados em consideração são as facilidades alcançadas pelo crédito fácil oferecido pelo varejo, para que as pessoas possam estar adquirindo um computador e as novas tendências que direcionam principalmente a nova geração a estar conectada “integralmente” a internet, seja ela utilizada como centro de informações ou como forma de entretenimento.
“a internet esta diretamente ligada ao crescimento nas vendas de computadores no Brasil e no mundo, o usuários por intermédio deste aparato, pode além de se manter informado, torna-se mais participativo às mudanças que ocorrem nas diversas camadas que envolvam a economia do país”. Ressalta o sociólogo.

Prova disto esta em outra pesquisa feita pela ComScore divulgada nesta segunda feira, 14/09, que revela que o Brasil está entre os países que mais gasta seu tempo online em sites do Google. Só em julho o país teve o maior índice de acesso aos serviços da empresa, com 29,8% do tempo online voltado para o site de busca.

A pesquisa incluiu todas as páginas do gigante de buscas, desde serviços de vídeo, redes sociais, e-mail e mapas. O levantamento realizado em julho foi focado nos mercados emergentes do Brasil e Índia. O índice brasileiro de tempo de navegação nos sites foi três vezes maior que a média de outras localidades.

O estudo também aponta que 89,5% das buscas feitas no Brasil são capturadas por sites do Google. O Orkut, como era de se esperar, continua sendo a rede social preferida dos brasileiros. Entre o tempo destinado aos sites de relacionamento, o serviço do Google ficou com 96% do tempo dos internautas. O serviço de mapas teve 70,9% e o de vídeos, YouTube, ficou com 91,6%. Já o Gmail ficou em segundo lugar em julho entre os sites de correio eletrônico, com 9,7% de participação.

Paulo França direciona este percentual as crescentes redes de sites de relacionamento e a migração dos veículos tradicionais à era digital fornecendo conteúdos em sites, a mídia interativa trás novos players oferecendo serviços on-line. Instant Messenger, Serviços de busca, comparadores de preço e serviços de e-mail, atraem milhões de consumidores e parte da receita publicitária dos anunciantes, com esses serviços, consumidores passam a conversarem entre si, em uma velocidade sem precedentes na história da humanidade.

Segundo o sociólogo, atualmente a comunicação entre os usuários da grande rede, atinge uma escala e velocidades inimaginável o mundo tornou-se mais conectado, os internautas passaram a ter mais espaço e divulgarem suas idéias com os serviços de blog, que geram milhões de páginas de conteúdo sobre todos os temas possíveis.
“Jornalistas distribuem conteúdos sem precisar dos veículos tradicionais, a maior enciclopédia do mundo é criada com conteúdo produzido pelos próprios consumidores da rede, surgem enormes repositórios de áudio, imagens e vídeo fazendo explodir o volume de conteúdo digital disponível, fator que alavanca as vendas e o acesso a grande rede de computadores” explica Paulo.

Dado que pode ser comprovado com a recente pesquisa feita pela eMarketer, informando que o Twitter deve alcançar até o final de 2009 a marca de 18 milhões de usuários efetivos. Esse número engloba os internautas que acessam suas contas ao menos uma vez por mês em qualquer tipo de plataforma (móvel ou computador). Só no início do ano, o número de contas “efetivas” era de 12 milhões, o número previsto para o fim do ano já representa uma fatia significativa no mundo virtual. Os 18 milhões de usuários equivalem a 11% das pessoas que usam internet pelo mundo. Além disso, também é esperado que até 2010 o Twitter alcance 15,5% dos internautas dos Estados Unidos.

Outro dado importante são os acessos a rede sem fio que podem ser encontradas nos celulares e Smart Phones, a tecnologia Wi-max disponibilizada nas maiores metrópoles oferecendo internet Wireless de alta velocidade. Tecnologia e-ink que permite o desenvolvimento de e-books, com capacidade de armazenamento de milhares de livros, revistas e jornais, permitindo o download destes conteúdos.

Para o sociólogo as novas tendências podem estar dando um direcionamento ao início do fim da distribuição de conteúdo em papel, segundo Paulo, o volume de editoras especializadas em conteúdo digital cresce exponencialmente no mundo, além das milhares de rádios digitais, oferecendo conteúdo em áudio personalizado e distribuído via Wi-max. O Conteúdo televisivo oferecido via internet on-demand torna-se cada vez maior. Volumes de conteúdos disponibilizados no modelo Pay-per-view sem espaço publicitário seguem a mesma tendência. Equipamentos similares a celulares com acesso Wi-max e Skype integrado, criam um novo padrão de telefonia com custo fixo mensal e volume ilimitado de ligações para qualquer lugar do mundo.
“as pessoas passam mais tempo conectados a dispositivos digitais e a internet do que ligados a televisores ou lendo jornais e revistas em papel. Os atuais consumidores da internet estão dando mais atenção as comunicações que geram envolvimento participativo, que lhes dê a possibilidade de expor o que pensam sobre determinado assunto, muitas das vezes, assuntos esses que podem interferir tanto na vida pessoal quanto profissional”, conclui o sociólogo.

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