terça-feira, 8 de setembro de 2009

HOMOSSEXUALISMO: ENTENDA E ASSEGURE UMA RELAÇÃO ABERTA E SEM PRECONCEITOS COM SEUS FILHOS

A frase “Todos iguais perante a lei” tem causado polêmica quando o assunto é a Homossexualidade, vítimas de desigualdades, os homossexuais travam uma luta incessante por direitos que lhes são negados em diversos fatores. Tente se imaginar na seguinte situação: Movidos pelo amor, você e seu parceiro decidem levar uma vida em comum e se casar, mais a lei não deixa. Além disso, querem que o relacionamento seja reconhecido como uma união estável, mas a lei também não permite ou resolvem adotar uma criança, e se esbarram em mais uma proibição.

Assim é a vida dos homossexuais, que além de serem vítimas de proibições e descriminações, por sentirem-se atraídos sexualmente por pessoas do mesmo sexo, são vistos por parte da sociedade como uma ameaça aos bons costumes, que fogem da importância da existência de um padrão familiar onde para que uma união seja estável somente será possível através de relacionamentos heterossexuais.
Drama que atualmente vem se tornando cada vez mais freqüente, faz parte da vida da Vendedora Raquel Paiva, 25 anos e de sua companheira Gabriela Pacheco, 23, que recentemente decidiram morar juntas após três anos relacionando-se no anonimato, resolveram declarar à família sobre sua opção sexual, em contra partida, obtiverem da família e de amigos o desprezo e a indiferença.
“sofremos muito com a nossa decisão, nossos pais não aceitaram ter na família uma filha lésbica, alguns de nossos amigos nos abandonaram, mas aprendemos a aceitar a atitude das pessoas, que não compreendem um amor verdadeiro, e por ser uma coisa nova, que foge do cotidiano e da normalidade”, relata Raquel.
O design, Emerson Silva, 32 anos, vive um relacionamento gay a quatro anos, a dois meses tentou adotar uma criança, porém sua tentativa acabou sendo interrompida e constrangedora, terminando em uma delegacia.
“eu e meu parceiro temos uma condição financeira estável, e vivemos um bom relacionamento, passamos por diversos momentos de rejeição, a mais recente foi quando resolvemos tentar adotar uma criança, fomos insultados, e tivemos nosso pedido cancelado após acusações infundadas, tomei as devidas providências e o caso esta arquivado aguardando julgamento, somos uma classe que paga impostos, não rouba e nem mata ninguém, além da possibilidade financeira de estar adotando uma criança e impedindo que os orfanatos “transbordem” de crianças desamparadas e desprovidas de amor e carinho”, diz Emerson.
A sexóloga Cristina Silva, explica porque atualmente as pessoas têm assumido suas opções sexuais e alerta os pais a maneira ideal para conversar sobre o assunto.
“o que aconteceu nas últimas décadas, em especial no Ocidente foi o desenvolvimento de uma atitude social mais tolerante e culturalmente mais aberta, facilitando o fortalecimento e a visibilidade dos movimentos “gay”, e possibilitando que haja cada vez mais homossexuais que individualmente se assumem como tal”, relata Cristina.
Para a Sexóloga, casos como os de nossos entrevistados, tem sido frequentes em muitas famílias e relata que os pais ao ficarem sabendo a opção sexual do filho, não conseguem segurar a impulsividade e acabam tendo atitudes agressivas. Cristina aproveita para deixar um alerta aos pais neste momento.
“manter a calma neste momento é fundamental, esperar o nervosismo passar e iniciar uma conversa franca, é a melhor opção, pois o choque da notícia e tão impactante que ambas as partes ainda não sabem como lidar e quais serão suas reações”, alerta Cristina.
Segundo a médica, para um filho (a) se declarar gay, pode traumatizar e abalar toda a estrutura da familiar e, dependendo do status ou religião, pode até gerar uma série de conflitos, portanto, afastar-se de seus filhos ou ter comportamento agressivo com eles diante dessa revelação pode piorar ainda mais a relação e afastá-la da família para sempre. Isto acontece porque geralmente quando um filho toma a iniciativa de assumir a sexualidade ele já conseguiu uma estabilidade financeira para sobreviver sozinho.
Cristina lembra a importância que este assunto é bastante delicado e amplo em casos como estes, os pais devem sempre buscar ajuda profissional, para que desta forma possam sanar dúvidas e aprender a aceitar os filhos como são.
“imaginar o filho de outra forma, se não a tradicional é o mais esperado dos pais, porém quando acontece uma revelação deste tipo, o caminho ideal e buscar procedimentos guiados por um especialista, em casos onde a estrutura familiar ficou abalada emocionalmente um psicólogo seria o mais indicado”, finaliza a sexóloga.

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